Terremotos

Terremotos:

    Terremoto ou sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da Terra causados por choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300m abaixo do solo. Outros motivos considerados são deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos.
As maiorias dos sismos são de origem natural da Terra, chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo afastar-se, colidir ou deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de elasticidade, após isso as rochas começam a se romper e libera uma energia acumulada durante o processo de elasticidade. A energia é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra.

Há três causas principais para a ocorrência de terremotos:
Desabamento: ocorrem por dissolução e deslizamento das massas rochosas e são causados pela força da gravidade, ocorrendo em regiões suscetíveis de dissolução dos terrenos, como as constituídas por rochas calcárias. Esses desabamentos produzem tremores bem localizados, de pequena importância.
Vulcanismo: nas regiões vulcânicas ocorrem terremotos produzidos por explosões internas, decorrentes do escape repentino de gases sob fortes pressões. Podem, ocasionalmente, ser intensos, como foi o terremoto associado ao vulcão Vesúvio no ano de 79 d. C., quando se sepultou a cidade de Pompéia. Mesmo sendo intensos, sua propagação é limitada, afetando apenas os arredores da área vulcânica.
Tectonismo: os terremotos mais importantes são os causados pelo tectonismo (movimento das placas tectônicas). Nesses casos, as vibrações podem ser sentidas, sem o auxílio de sismógrafos, a mais de 2 mil quilômetros do foco (do ponto de origem do terremoto).
Os sismos acontecem porque a camada mais externa da Terra, a litosfera, formada pelos primeiros 100 km de profundidade, é rígida e quebrada em diversos pedaços (placas tectônicas) que não estão parados, mas se movimentando uns em relação aos outros, como se fossem imensas lajotas que, volta e meia, tentam se encaixar.Nos pontos onde essas placas se tocam ocorrem os maiores e mais freqüentes tremores. A causa desse movimento é a existência de forças geológicas no interior da Terra, cuja origem não é, ainda, bem conhecida.Os grandes abalos ocorrem principalmente na região de encontro entre as placas, onde se localizam as falhas maiores, de escala continental. Uma falha é uma fratura, ao longo da qual houve um deslocamento dessas camadas ou placas tectônicas.

Efeitos dos terremotos:As vibrações sísmicas produzem efeitos mais danosos nas regiões cobertas por sedimentos pouco consolidados, muito embora as rochas duras conduzam as ondas com maior velocidade. Para entender esse fenômeno, basta imaginar um copo cheio de geléia que sofresse algum tipo de vibração. O vidro vibra com alta freqüência, mas as vibrações são imperceptíveis. Com relação à geléia, no entanto, a passagem das vibrações é facilmente visível.
Os terremotos geralmente não afetam a topografia (o desenho do relevo), a menos que o foco se situe muito perto da superfície ou que ela seja diretamente afetada pela falha responsável pelo abalo. Como exemplo famoso desse caso, podemos citar a falha de Santo André, na Califórnia (EUA), responsável pelos terremotos da cidade de São Francisco, que causam grandes deslocamentos no terreno, chegando a encurvar trilhos ferroviários e destruir centenas de casas.
Terremotos que ocorrem sob o mar podem produzir tsunamis, maremotos que determinam a formação de ondas gigantes, que podem atingir de 20 a 30 metros de altura e que se deslocam com a velocidade de 700 km/hora.
Muito embora a sismologia (estudo dos terremotos e da estrutura da Terra) esteja bastante adiantada, o homem ainda não descobriu uma maneira de prever os terremotos catastróficos. Muito interessante é a sensibilidade demonstrada por certos animais algumas horas antes das catástrofes: os pássaros param de cantar; o faisão canta de uma maneira diferente e os cães mostram-se medrosos, uivando constantemente.

Onda Sismica:
    Quando ocorre um sismo, parte da energia propaga-se através do meio sob forma de ondas volúmicas, e a parte restante da energia desloca-se ao longo da superfície sob a forma de ondas superficiais.

Ondas volúmicas
    Tal como qualquer outro tipo de ondas que se propague através de um espaço tri-dimensional e cuja fonte possa ser considerada como uma fonte pontual, a amplitude das ondas sísmicas decresce com inverso da distância à fonte.
Para além disso, a superfície definida como aquela em que todos os pontos se encontram no mesmo estado de vibração (i.e. estão em fase) designa-se por frente de onda. Para pequenas distâncias à fonte, a frente de onda tem forma esférica. Contudo, com o aumento da distância à fonte, a frente de onda torna-se progressivamente mais plana, de tal modo que, para grandes distâncias, se pode fazer a aproximação de que a dita frente de onda é uma onda plana. Por analogia ao caso da óptica, a direcção perpendicular à frente de onda designa-se por raio sísmico.
As ondas sísmicas volúmicas (quer as compressivas, quer as de corte) têm, na origem, vasta gama de frequências. Todavia, devido à atenuação durante a propagação, as mais pronunciadas têm frequências entre 0,5 e 20 Hertz.

Ondas P (Primárias)
   As ondas P são do tipo compressivo. Uma onda a propagar-se ao longo de uma mola constitui uma boa analogia para este tipo de ondas sísmicas.
As ondas P são as mais rápidas das ondas sísmicas, podendo propagar-se tanto em meios sólidos como líquidos. A velocidade de propagação em granitos, por exemplo, é de cerca de 5,5km/s. Em meios líquidos a velocidade de propagação reduz-se bastante. Por exemplo, na água, a velocidade das ondas P é de apenas cerca de 1,5km/s.

Ondas S (Secundárias)
    Nas ondas S o movimento de vibração dá-se no plano definido pela frente de onda e, como tal, perpendicularmente à direcção de propagação, pelo que são ondas do tipo transversal (ou de corte). Uma boa analogia para este tipo de ondas é a corda de uma guitarra que é posta a vibrar. A passagem da onda transversal obriga a que os planos verticais do meio se movam "para cima e para baixo" e que, por isso, os elementos adjacentes do meio sofram variações de forma, que alternam entre a de um rectângulo e a de um losango.
As ondas S só se propagam em meios sólidos. A sua velocidade é menor do que a das ondas P. Nos granitos, por exemplo, é de cerca de 3km/s.

Ondas superficiais
    Uma perturbação exercida na superfície livre de um meio propaga-se, a partir da fonte, sob a forma de ondas sísmicas superficiais. Existem duas categorias de ondas superficiais, as ondas R (de Rayleigh) e as ondas L (de Love), que se distinguem entre si pelo tipo de movimento que as partículas descrevem na frente de onda.
As ondas superficiais deslocam-se a menor velocidade do que as ondas volúmicas. Em geral, as ondas L têm maior velocidade do que as ondas R.
As ondas sísmicas superficiais têm uma gama alargada de frequências, mas inferiores às das ondas volúmicas. Normalmente, as frequências das ondas superficiais são inferiores a 1 Hertz.

Ondas R (de Rayleigh)
    O movimento das partículas na frente de onda de uma onda de Rayleigh está polarizado no plano vertical e pode ser visualizado como uma combinação de vibrações do tipo P e S. O movimento das partículas individuais descreve uma elipse retrógada alinhada no plano vertical.
Tal como nas ondas do mar, o deslocamento das partículas não está confinado apenas à superfície livre do meio, sendo as partículas abaixo desta também afectadas pela passagem da onda. Num semi-espaço homogéneo, a amplitude do movimento das partículas decresce exponencialmente com o aumento da profundidade. Ondas com comprimento de onda l têm uma profundidade de penetração característica de 0.4 l.
Teoricamente, a velocidade das ondas de Rayleigh é igual a 0,9194 da velocidade das ondas S, verificando-se na realidade, quando ocorre um sismo, que esta relação está correcta.

Ondas L (de Love)
O movimento das partículas, nas ondas L (de Love), processa-se apenas no plano horizontal.

Complexidade das ondas sísmicas: Como os vários tipos de ondas que se produzem quando ocorre um sismo têm velocidades e frequências diferentes, em áreas afastadas da região epicentral é possível observar que as ondas estão organizadas em grupos. Todavia, próximo da área de geração, não há tempo suficiente para esta segregação em trens de ondas distintas, pelo que a movimentação das partículas induzida simultaneamente por diferentes tipos de ondas pode ser extremamente complexa (provocando grandes destruições).
Por outro lado, ao propagar-se em diferentes tipos de rochas e à superfície, atravessando zonas de descontinuidade estrutural, as ondas são sujeitas, muitas vezes, a fenómenos de reflexão e de refracção, o que pode conduzir a amplificação das ondas e, consequentemente, aumento do seu potencial de destruição. A situação complica-se ainda mais porque a propagação das ondas é afectada pela atitude do plano de rotura, o que pode conduzir a concentração de energia em certas direcções.
Por outro lado, a complexidade do estudo das ondas sísmicas é ainda acentuada pelo facto do tipo e condições do solo, bem como a topografia, poderem provocar amplificação ou redução das ondas sísmicas em locais específicos.

Frequência das Ondas Sísmicas e Frequência de Vibração Natural dos Edifícios:As ondas sísmicas volúmicas (quer as compressivas, quer as de corte) têm, na origem, vasta gama de frequências. Todavia, devido à atenuação durante a propagação, as mais pronunciadas têm frequências entre 0,5 e 20 Hertz. As ondas superficiais têm, geralmente, frequências menores do que as ondas volúmicas, tipicamente inferiores a 1 Hertz.
Os edifícios têm frequências naturais de vibração específicas. As frequências naturais de vibração dos edifícios de menor altura são mais elevadas do que as dos prédios mais altos. Se a frequência das ondas sísmicas é análoga à frequência natural de vibração de certos edifícios, estes podem entrar em ressonância e ser gravemente danificados ou destruídos.
No entanto, as ondas com frequências elevadas sofrem atenuação mais rápida com o aumento de distância à zona epicentral do que as ondas com frequências mais baixas. Por essa razão, a distâncias relativamente grandes do epicentro (da ordem de 100km), os edifícios altos podem ser bastante mais danificados do que os baixos. As construções baixas são mais sensíveis às vibrações sísmicas quando se localizam próximo do local onde o sismo foi gerado.

Terremotos Famosos:

27 de fevereiro de 2010
    O sismo do Chile de 2010 ocorreu ao longo da costa da Região de Maule no Chile em 27 de fevereiro de 2010, às 3h34min na hora local (6h34min UTC), atingindo uma magnitude de 8,8 na escala de magnitude de momento e durando três minutos. O terremoto foi sentido na capital Santiago.

12 de janeiro de 2010
    O sismo do Haiti de 2010 foi um terremoto catastrófico que teve seu epicentro a cerca de 25 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe, e foi registrado às 16h 53min 10s do horário local (21h 53min 10s UTC), na terça-feira, 12 de janeiro de 2010O abalo alcançou a magnitude 7,0 M e ocorreu a uma profundidade de 13 km (8,1 mi).

6 de abril de 2009
   Um terremoto de 6,3 graus na escala Richter atinge a cidade histórica de Áquila, no centro da Itália, e vilarejos vizinhos, matando pelo menos 207 pessoas e provocando danos em milhares de construções que datavam até do século 13.

12 de maio de 2008
Um terremoto  atinge a província de Sichuan, no sudoeste da China. Apenas em um condado da província, até 87 mil pessoas morrem ou são dadas como desaparecidas. Outras 370 mil ficam feridas. O tremor chegou a 7,8 graus e começou na capital da província, Chengdu, no início da tarde.

15 de agosto de 2007
Pelo menos 519 pessoas morrem na província de Ica, na costa do Peru. O epicentro do abalo de 7,9 graus foi no fundo do Oceano Pacífico, a 145 km a sudeste de Lima.

8 de outubro de 2005
Um tremor de magnitude 7,6 atinge o norte do Paquistão e a região da Caxemira, matando mais de 73 mil pessoas e deixando milhões de desabrigados.

26 de dezembro de 2004
Um tremor de 9,2 graus na escala Richter no Oceano Índico gera uma tsunami que atinge vários países da Ásia, matando quase 300 mil pessoas.

26 de dezembro de 2003
Mais de 26 mil pessoas morrem após um terremoto no sul do Irã. A cidade histórica de Bam fica totalmente destruída.

26 de janeiro de 2001
Um terremoto de magnitude 7,9 destrói boa parte do Estado de Gujarat, no noroeste da Índia, matando quase 20 mil pessoas e deixando mais de 1 milhão de desabrigados. Entre as cidades mais destruídas estão Bhuj e Ahmedabad.

Haiti-2010
    Um forte tremor de magnitude 7 atingiu nesta terça-feira (12) o Haiti, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Segundo Dale Grant, analista da USGS, este foi o terremoto mais forte já registrado na região. Antes, disse, o mais forte havia sido um tremor de 6,7 graus em 1984.
Não há relatos oficiais de vítimas e feridos, mas a força do terremoto pode causar grande destruição. Somente em Porto Príncipe, capital do país, vivem cerca de 2 milhões de pessoas. Vários testemunhos de jornalistas e outras pessoas no local relatam que vários prédios desabaram e que pode haver até milhares de vítimas. Mesmo sem confirmação formal, fala-se em desabamento de hospital, igreja, sede local da ONU e do palácio presidencial.
Segundo familiares de brasileiros em ação no país, os militares estão bem. O governo brasileiro se solidarizou e disse que os militares estão ajudando nos resgates.
Segundo testemunhas ouvidas pela agência France Presse, o centro de Porto Príncipe ficou completamente destruído, e o terremoto foi uma verdadeira catástrofe. Segundo um médico local, há muitos mortos.

Destruição:Segundo um correspondente da agência France Presse, que confirmou o desabamento de um prédio em Petionville, o tremor durou mais de um minuto, e um trator foi levado ao local do desabamento para ajudar no resgate de possíveis vítimas.
Segundo um representante do governo norte-americano que está no Haiti, várias casas ficaram danificadas pelo tremor. "Todo mundo está totalmente assustado", disse Henry Bahn, do Departamento de Agricultura dos EUA à Associated Press. "O céu está todo cinza de poeira." Segundo ele, na hora do tremor foi possível ouvir várias pessoas gritando. Ele disse que as ruas estão tomadas de escombros. "Estão cheias de paredes que caíram, destroços e arame", disse.
Um funcionário local para o programa norte-americano Food for the Poor informou ter visto a queda de um prédio de cinco andares em Porto Príncipe, disse à Reuters a porta-voz do grupo, Kathy Skipper.
Outra funcionária do grupo disse haver mais casas destruídas do que erguidas na rua Delmas, uma importante avenida da cidade.
Moradores em pânico tentavam desesperadamente resgatar pessoas sob os escombros ou buscavam por parentes desaparecidos. "As pessoas estão gritando 'Jesus, Jesus' e correndo em todas as direções", disse o repórter da Reuters.

Chile-2010
    O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a região central Chile na madrugada deste sábado (27) originou-se no mar, perto da cidade de Concepción - a segunda maior do país, com mais de 600 mil habitantes - e a 325 km da capital chilena, Santiago, que abriga 40% dos chilenos. O abalo atingiu as áreas mais populosas do país, onde vivem cerca de 75% da população.
O tremor ocorreu a uma profundidade relativamente pequena - 35 km. Quanto mais superficial, maior o poder de destruição do sismo. Muitas réplicas, algumas delas com magnitude superior a 5 e potencialmente perigosas, ocorreram nas horas posteriores ao primeiro tremor.
O país faz parte de uma área conhecida como "círculo de fogo", onde ocorrem cerca de 80% dos tremores do mundo.
Além dos mortos, que já passam de 700, o terremoto deixou danos no aeroporto de Santiago, que precisou ser interditado e só voltou a funcionar parcialmente no domingo.
Estruturas históricas no centro da capital também ficaram destruídas, assim como um viaduto que liga as regiões norte e sul da cidade.
Parte da ponte Viejo, sobre o rio Bío Bío, próxima a Concepción, também desabou com o tremor. A obra, construída em 1937, havia sido desativada em 2002.
O tremor foi sentido nos países vizinhos, inclusive no Brasil. Em São Paulo, a 2.850 km do epicentro, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 100 ligações de pessoas preocupadas com o terremoto.
Pequenos tremores foram sentidos em pelo menos seis bairros da capital, sendo que a região da Avenida Paulista foi a mais afetada por ser uma das mais altas da cidade.

Principais e maiores terremotos ocorridos no Brasil:
-São Paulo, 1922 – 5.1 pontos na escala Richter;

- Espírito Santo, 1955 – 6.3 pontos na escala Richter;

- Mato Grosso, 1955 – 6.6 pontos na escala Richter;

- Ceará, 1980 – 5.2 pontos na escala Richter;

- Amazonas, 1983 – 5.5 pontos na escala Richter;

- Rio Grande do Norte, 1986 – 5.1 pontos na escala Richter;

- Minas Gerais, 2007 – 4.9 pontos na escala Richter¬.

Sismógrafos:
     Sismógrafo é um aparelho que registra as ondas sísmicas, ou seja, a intensidade dos terremotos, em sismologia. Detecta e mede as ondas sísmicas naturais ou induzidas e permite determinar, principalmente se organizado em rede, a posição exacta do foco (hipocentro) dessas ondas e do ponto da sua chegada na superfície terrestre (epicentro), para quantificar a energia desses terremotos expressa na escala de Richter.
Existem vários tipos de sismógrafos, por exemplo, os que registram os movimentos horizontais do solo, os que registram os movimentos verticais, etc.
O gráfico obtido num sismógrafo, através do qual pode-se observar características da propagação diferentes das ondas sísmicas, designa-se sismograma.Um sismograma, em período de calma sísmica, apresenta o aspecto de uma linha reta com apenas algumas oscilações. Quando ocorre um sismo, os registros tornam-se mais complexos e com oscilações bastante acentuadas, evidenciando a amplitude das diferentes ondas sísmicas.

Construções anti-terremotos:
    Nos últimos meses estamos acompanhando seguidos problemas relacionados a terremotos, mais recentemente Haiti, Chile e Taiwan. Podemos perceber a falta de estrutura em quase todos os países em relação a este desastre natural e nos faz repensar que devemos nos adaptar a este problema, uma vez que por algum tipo de acomodação das placas tectônicas, vem ocorrendo terremotos seguidos, em maiores quantidades e com grande intensidade.
Para evitar a devastação causada pelos sismos, os países mais avançados tecnologicamente têm vindo a desenvolver técnicas de construção anti-sísmica, isto é, novas regras e métodos de construção dos edifícios que os tornam mais resistentes aos abalos sísmicos. Países como o Japão e os Estados Unidos têm desenvolvido fortemente esforços no melhoramento da resistência dos edifícios às vibrações da crosta provocadas pela brusca libertação de energia, que ocorre quando há um sismo de elevada magnitude.

Escala Richter:
    Escala Richter é uma logarítmica utilizada para medir a magnitude dos abalos sísmicos, ou seja, dos     terremotos. Foi criada pelos sismógrafos Beno Gutenberg e Charles Francis Richter que estudavam os sismos da Califórnia e colocada em prática em 1935. A escala Richter varia de 0 a 9 graus de acordo com a extensão do movimento do solo medindo ondas do tipo P e S.
Ondas do tipo P são ondas primárias que se espalham por movimentos de compressão e dilatação do local que pode ser em terra firme ou em oceanos e mares. São as ondas sísmicas mais rápidas, cuja velocidade adquirida no solo varia entre a adquirida em água. Ondas do tipo S são ondas secundárias que se espalham por movimentos ondulatórios para cima e para baixo alterando a forma dos elementos. As ondas S se desenvolvem somente no solo com velocidade inferior às ondas P.

Micro

< 2,0
Micro tremor de terra, não se sente.
~ 8000 por dia

Muito pequeno
2,0-2,9
Geralmente não se sente, mas é detectado/registado.
~1000 por dia

Pequeno
3,0-3,9
Frequentemente sentido, mas raramente causa danos.
~49000 por ano

Ligeiro
4,0-4,9
Tremor notório de objetos no interior de habitações, ruídos de choque entre objetos. Danos importantes pouco comuns.
~ 6200 por ano

Moderado
5,0-5,9
Pode causar danos maiores em edifícios mal concebidos em zonas restritas. Provoca danos ligeiros nos edifícios bem construídos.
800 por ano

Forte
6,0-6,9
Pode ser destruidor em zonas num raio de até 180 quilômetros em áreas habitadas.
120 por ano

Grande
7,0-7,9
Pode provocar danos graves em zonas mais vastas.
18 por ano

Importante
8,0-8,9
Pode causar danos sérios em zonas num raio de centenas de quilômetros.
1 por ano

Excepcional
9,0 >
Devasta zonas num raio de milhares de quilômetros.
1 a cada 20 anos

Visão geral e Causas dos tsunamis:
   Um tsunami é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como, por exemplo, um sismo, actividade vulcânica, abrupto deslocamento de terras ou gelo ou devido ao impacto de um meteorito dentro ou perto do mar. Há quem identifique o termo com "maremoto" — contudo, maremoto refere-se a um sismo no fundo do mar, semelhante a um sismo em terra firme e que pode, de facto originar um(a) tsunami.
A energia de um tsunami é função de sua amplitude e velocidade. Assim, à medida que a onda se aproxima de terra, a sua amplitude (a altura da onda) aumenta à medida que a sua velocidade diminui. Os tsunamis podem caracterizar-se por ondas de trinta metros de altura, causando grande destruição. Um tsunami pode ser gerado por qualquer distúrbio que desloque uma massa grande de água, tal como um sismo (movimento no interior da terra), um deslocamento da terra, uma explosão vulcânica ou um impacto de meteoro. Os tsunamis podem ser gerados sempre que o fundo do mar sofre uma deformação súbita, deslocando verticalmente a massa de água. Os sismos tectónicos são um tipo particular de sismo que origina uma deformação da crosta; sempre que os sismos ocorrem em regiões submarinas, a massa de água localizada sobre a zona deformada vai ser afastada da sua posição de equilíbrio. As ondas são o resultado da acção da gravidade sobre a perturbação da massa de água. Os movimentos verticais da crosta são muito importantes nas fronteiras entre as placas litosféricas. Por exemplo, à volta do Oceano Pacífico existem vários locais onde placas oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais menos densas, num processo que se designa por subducção. Estas zonas originam facilmente tsunamis.
Deslizamentos de terra subaquaticos, que acompanham muitas vezes os grandes tremores de terra, bem como o colapso de edifícios vulcânicos podem, também, perturbar a coluna de água, quando grandes volumes de sedimentos e rocha se deslocam e se redistribuem no fundo do mar. Uma explosão vulcânica submarina violenta pode, do mesmo modo, levantar a coluna de água e gerar um tsunami. Grandes deslizamentos de terra e impactos de corpos cósmicos podem perturbar o equilíbrio do oceano, com transferência de momento. destes para o mar. Os tsunamis gerados por estes mecanismos dissipam-se mais rapidamente que os anteriores, podendo afectar de forma menos significativa a costa distante e assim acontece o tsunami.

Tsunamis marcantes:

Santorini:Estima-se que terá sido entre 1650 e 1600 a.C. que ocorreu uma violenta erupção vulcânica na ilha grega de Santorini. Este fenómeno devastador levou à formação de um tsunami cuja altura máxima terá oscilado entre os 100 e os 150 metros. Como resultado deste tsunami, a costa norte da ilha de Creta foi devastada até 70 km da mesma. Esta onda terá certamente eliminado a grande maioria da população minóica que habitava ao longo da zona norte da ilha.

A explosão do Krakatoa:A ilha-vulcão de Krakatoa, na Indonésia, explodiu com fúria devastadora em 1883. Várias ondas tsunami geraram-se a partir da explosão, algumas atingindo os 40 metros acima do nível do mar. Foram observadas ao longo do Oceano Índico e Pacífico, na costa ocidental dos Estados Unidos, América do Sul, e mesmo perto do Canal da Mancha. Nas costas das ilhas de Java e Sumatra, a inundação entrou vários quilômetros adentro, causando inúmeras vítimas, o que influenciou a desistência da população em reabitar a costa, e subsequente êxodo para a selva. Actualmente, esta zona é designada por reserva natural Ujung Kulon. O vulcão se desintegrou totalmente e, desde 1927, no mesmo local do Krakatoa, surgiu o Anak Krakatau (filho de Krakatoa), que cresce cerca de cinco metros por ano, hoje alcançando 800 metros de altura e freqüentemente ativo.[1] Suas ondas destruíram toda a vila que havia ali perto bem como o farol que orientava os navegantes, restando apenas sua base. A 50 metros dali, um novo farol foi construído.

22 de Maio de 1960: o tsunami chileno
O grande terremoto do Chile, o mais intenso terremoto já registrado,[2] ocorreu na costa sul-central do Chile, gerando um dos mais destrutivos tsunamis do século XX. Morreram por volta de 250 mil pessoas.

12 de Julho de 1993: Hokkaido
Um devastador tsunami ocorreu na costa da ilha de Hokkaido, no Japão em 12 de Julho de 1993, como resultado de um terremoto, resultando na morte de 202 pessoas na ilha de Okushiri e no desaparecimento de um número indeterminado.
Muitas cidades ao redor do Oceano Pacífico, principalmente no Japão e Hawaii, possuem sistemas de alerta e evacuação em caso da ocorrência de tsunamis. Os tsunamis de origem vulcânica ou tectónica podem ser previstos pelos institutos sismológicos e o seu avanço pode ser monitorizado por satélites.

26 de Dezembro 2004: tsunami do Oceano Índico
O terremoto do Índico de 2004 disparou uma sequência de tsunamis fatais em 26 de Dezembro de 2004, com vítimas fatais relatadas em mais de 285.000. Após a tragédia, várias organizações de ajuda humanitária e governos de vários países disponibilizaram ajuda. A maior doação particular foi feita pela guru indiana Mata Amritanandamayi, também conhecida como "Amma", a grande mãe.

Outros tsunamis que ficaram na história :
2 de Setembro de 1992 7.2 10 m 170 Nicarágua

12 de Dezembro de 1992 7.5 26 m 1000 Ilha de Flores, Indonésia

12 de Julho de 1993 7.6 30 m 200 Hokaido, Japão

2 de Junho de 1994 7.2 14 m 220 Java, Indonésia

4 de Outubro de 1994 8.1 11 m 11 Ilhas Curilas

14 de Novembro de 1994 7.1 7 m 70 Mindoro

21 de Fevereiro de 1996 7.5 5 m 12 Peru

17 de Julho de 1998 7.0 15 m 2000 Nova Guiné

23 de Junho de 2001 8.3 5 m 50 Peru

Terremoto do Índico de 2004 26 de dezembro de 2004 9.0 50 m +-220000Oceano Índico

Bibliografia:

http://wikipedia.com.org/wiki/Tsunami

http://www.brasilescola.com/geografia/escala-richter.htm

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u700524.shtml

http://diaeco.blogspot.com/2010/03/tecnologia-anti-terremotos.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sism%C3%B3grafo

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1508366-5602,00.html

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1444427-5602,00-FORTE+TERREMOTO+ATINGE+O+HAITI.html

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/geologia/geologia_trabalhos/ondassismicas.htm

http://educacao.uol.com.br/geografia/terremoto-1.jhtm

http://www.brasilescola.com/geografia/terremotos.htm