Biofísica da Visão

Introdução:
    Chegou a segunda etapa e junto com ela um novo tema para o trabalho de Física , a Biofísica da visão um tema super interessante e de grande importância em nossa formação.
     Nesse trabalho serão abordados tópicos do tipo:
*Globo Ocular;
*como enxergamos;
*defeitos da visão;
*dentre outros...
     O trabalho dessa segunda etapa foi feito pelas alunas Daeny e Sabrina do 2m5 ,então seja bem vindo e viaje pela BIOFÍSICA DA VISÃO!

Objetivos:
    Contextualizar o assunto estudado em sala de aula (óptica) e, mostra a implicação deste assunto na vida prática do aluno atravésda biofísica da visão.Compreender que a Física é uma ciência aplicada a outras ciências, que além de procurar explicar fenômenos puramente naturais como o mecanismo da visão, também usa desses conhecimentos adquiridos para a melhoria da qualidade de vida.
Como por exemplo, o caso de pessoas que necessitam fazer algum tipo de correção no aparelho visual só passou a ser possível depois que a Física compreendeu melhor o mecanismo pelo qual enxergamos.

A estrutura do globo ocular:
cristalino.
  
córnea.

nervo óptico.


     O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. O globo ocular, com cerca de 25 milímetros de diâmetro, é o responsável pela captação da luz refletida pelos objetos à nossa volta. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho.O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células nervosas que leva a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual.O olho ainda apresenta, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.Membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima.O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidos nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho.O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 - 1684).
humor aquoso.
humor vitreo.
globo ocular.
pupila.




Como enxergamos?

    As imagens e os raios de luz atravessam a córnea, o humor aquoso, a pupila, o cristalino e o humor vítreo. Todos esses meios devem estar transparentes para que a luz possa passar por eles e chegar à retina. Da retina, são encaminhados para o cérebro através do nervo óptico.

A luz que entra no olho passa por várias camadas e atinge a retina, onde é transformada em estímulos elétricos, os quais são enviados ao cérebro através do nervo óptico. O cérebro interpreta as informações recebidas e as armazena na memória, de maneira semelhante ao banco de dados de um computador.




Comparação do olho com a máquina fotográfica:
  
    É quase inviável falar sobre o funcionamento do olho sem utilizar a já tradicional comparação com uma máquina fotográfica. Isto se dá porque a comparação é realmente excelente!
Quando a luz incide sobre um objeto – qualquer que seja – dois fenômenos sempre ocorrem: uma parte da luz é absorvida, e outra é refletida.
Se o objeto for transparente - total ou parcialmente - além dos fenômenos acima ocorre também um terceiro que é a refração. A luz é refratada, isto é, ela muda de direção (há muito mais detalhes sobre este assunto, mas isto é o suficiente para o entendimento desta explanação).
Assim como a máquina fotográfica, o olho capta a parte da luz que é refletida pelos objetos. Para focalizar os objetos, tanto a máquina fotográfica quanto o olho se utilizam do fenômeno de refração. "Vejamos" como isto se dá.
Imagine, por exemplo, uma árvore. A luz do sol incide sobre ela. Uma parte desta luz é absorvida, outra parte é refletida. A parte da luz que é refletida chega aos nossos olhos, de modo que podemos vê-la, assim como chega à câmera, de modo que podemos fotografá-la.
A íris regula a quantidade de luz que entra no olho, assim como o diafragma da máquina fotográfica.
Ao se contrair, a pupila diminui de diâmetro e menos luz entra. A melanina presente na íris é importante para deixar passar luz somente pela pupila, absorvendo o restante. Nos olhos com pouca melanina, ou seja, os mais azulados, uma quantidade de luz passa também pela íris. Por isso as pessoas de olhos claros são mais sensíveis à luminosidade. Mas como a imagem da árvore cabe em nossos olhos?
Como ela cabe em uma câmera? Isto se dá graças ao terceiro fenômeno, a refração. A luz passa pelas lentes da câmera - que são transparentes, e, portanto causam mudança na direção da luz - e então a imagem é focalizada no filme. Do mesmo modo, ao passar pela córnea, pelo humor aquoso, pelo cristalino e pelo humor vítreo, que são transparentes, a luz sofre mudanças de direção, e a imagem é focalizada na retina.
Uma vez tendo chegado ao filme da máquina, a luz causa uma reação química, alterando a composição do filme, fazendo com que a imagem fique ali gravada. Este filme então é mandado ao laboratório para ser revelado.
No olho, a luz também desencadeia uma reação química. Esta reação química é transformada em impulso nervoso, o qual por sua vez é enviado ao cérebro pelo nervo óptico para ser interpretado. O cérebro é o nosso laboratório de revelação! Mas o olho tem, neste sentido, uma grande vantagem em relação à máquina fotográfica.
O Filme é automaticamente trocado cada vez que batemos uma foto, ou seja, cada vez que olhamos para algo. Isto por que as células que captam a luz, no interior das quais ocorrem às ditas reações químicas, imediatamente repõem as substâncias químicas gastas na reação, de modo que inúmeras fotos podem ser tiradas por segundo sem que o filme se desgaste!

comparação do olho com a máquina fotográfica.



Como se dá a percepção das cores pelo olho humano:

   A luz do sol é composta de muitas cores, como podemos observar num arco-íris. A luz artificial tenta ser semelhante à luz do sol. Quando a luz (solar ou artificial) toca uma superfície, um objeto etc. que tenha cor, a maior parte das cores da luz é absorvida, com exceção de uma, que é aquela que volta até o nosso olho. Por exemplo: Se desenharmos uma flor amarela no papel, a tinta utilizada para a flor absorverá a maior parte das cores da luz, com exceção dos raios amarelos que voltam até a nossa retina. O mesmo ocorre com o caule, que deixa de absorver a cor verde; é esta que chega até a nossa retina.
Portanto, podemos concluir que a cor depende dos raios que voltam até a nossa retina. Quando não existe absorção de cor, percebemos a cor branca. Já a cor preta aparece, quando todas as cores são absorvidas, deixando de refletir qualquer cor. Neste caso, podemos dizer que há uma ausência de cor.
O olho humano sente o espectro de cores usando uma combinação da informação vinda de células localizadas no olho, chamadas de cones e bastonetes. Os bastonetes são mais adaptados a situações de pouca luz, mas eles somente detectam a intensidade da luz, os cones, por outro lado, funcionam melhor com intensidades maiores de luz e são capazes de discernir as cores. Existem três tipos de cones nos nossos olhos, cada especializado em comprimentos de luz curtos (S), médios (M) ou longos (L). O conjunto de sinais possíveis dos três tipos de cones define a gama de cores que conseguimos ver. O exemplo abaixo ilustra a sensibilidade relativa de cada um dos tipos de células cone para todo o espectro de luz visível -- de400nm a 700 nm.


O que determina a cor dos olhos?

    A cor dos olhos é uma característica poligênica e é determinada pelo tipo e quantidade de pigmentos na íris do olho. Os humanos e os animais têm muitas variações fenotípicas na cor dos olhos. Nos olhos humanos, essas variações de cores são atribuída a diversos rácios de eumelanin produzido por melanócitos na íris. O colorido brilhante dos olhos de muitas espécies de aves estão em grande parte determinados por outros pigmentos, como pteridinas, purinas, e carotenóides.Três elementos principais dentro da íris contribuir para a sua cor: a melanina do epitélio pigmentar da íris, a melanina dentro do estroma da íris e a densidade celular do estroma da íris. Nos olhos de todas as cores, o epitélio pigmentar da íris contém o pigmento preto, chamado de eumelanin. As variações de cor entre os diferentes tipos de íris são normalmente atribuídos à melanina que existe dentro do estroma da íris.A densidade de células dentro do estroma afeta quanto de luz é absorvida pelo pigmento subjacentes do epitélio.




Defeitos da visão:

    A Miopia é a condição em que os olhos podem ver objetos que estão perto, mas não são capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe. A palavra "miopia" vem do grego "olho fechado", porque as pessoas com esta condição, freqüentemente apertam os olhos para ver melhor à distância.

O olho míope apresenta uma curvatura corneana acentuada ou comprimento do olho além do normal. Por esse motivo, a formação da imagem se dá antes da retina, resultando em uma baixa de visão.

    Hipermetropia é o nome dado ao erro de focalização da imagem no olho, fazendo com que a imagem seja formada após a retina. Isso acontece principalmente porque o olho do hipermétrope é um pouco menor do que o normal. Outras causas incluem situações onde a córnea ou o cristalino apresentam alterações no seu formato que diminuem o seu poder refrativo, como a megalocórnea, onde a córnea é mais plana do que deveria ser.

    Presbiopia também conhecida como “vista cansada”, a presbiopia é uma falha refrativa do olho. Costuma acometer pessoas com mais de quarenta anos de idade. Neste caso, a imagem forma-se atrás da retina.
A presbiopia ocorre em função do enrijecimento da lente do bulbo ocular. Este enrijecimento ocorre em função do envelhecimento do globo ocular, embora não atinja necessariamente todos os indivíduos.
A pessoa que possui presbiopia possui dificuldade em focalizar objetos próximos ao campo de visão.

    Astigmatismo se caracteriza pela formação da imagem em vários focos, em eixos diferenciados. Uma córnea normal é redonda e lisa, no caso de quem tem astigmatismo, ela é mais ovalada, isto faz com que a luz se refrate por vários pontos da retina em vez de se focar em apenas um.
Para as pessoas com este problema, todos os objetos – tanto próximos como distantes – ficam distorcidos. As imagens ficam embaçadas porque alguns dos raios de luz são focalizados e outros não. A sensação é parecida com a distorção produzida por um pedaço de vidro ondulado.

Estrabismo: É quando há perda do paralelismo entre os olhos. Popularmente as pessoas com estrabismo são chamadas de "vesgas". Embora a forma mais comum seja o desvio convergente (desvio de um dos olhos para dentro), podem ser divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).


Estrabismo.

Presbiopia.
Astigmatismo.


Hipermetropia.

Miopia.



Óculos e as diversas lentes para correção dos defeitos da visão:

   As lentes positivas são indicadas para hipermetropia e presbiopia, as lentes negativas para miopia e as lentes cilíndricas para astigmatismo.Sua geometria é característica porque são usualmente compostas de uma superfície convexa e outra concava para se adaptar melhor a anatomia ocular.Existem duas classes de lentes oftálmicas: as lentes para óculos, chamadas simplesmente de lentes oftálmicas e as lentes de contato que são aplicadas diretamente sobre a córnea do paciente para corrigir sua visão.As lentes bifocais são lentes oftálmicas formadas por duas partes, uma para ver de perto e outra lente para se ver de longe. Estas lentes perderam espaço para as lentes chamadas progressivas, porque são lentes que prejudicam a estética do rosto do usuário.



Miopia: É necessário deslocar o foco, colocando-o sobre a retina. Isto é obtido na miopia através do uso de lentes divergentes os negativas, de superfície côncava. A cirurgia refratária procura modificar a curvatura da córnea, através de cortes radiais rigorosamente determinados. Com a cicatrização, a córnea se retrai e altera a sua curvatura, permitindo a formação da imagem sobre a retina.


Hipermetropia: é necessário deslocar o foco de forma a colocá-lo sobre a retina. Consegue-se isso na hipermetropia com o uso de lentes convergentes ou positivas, de superfície convexa.


As lentes para correção do astigmatismo são chamadas de tóricas e sua notação na receita de óculos corresponde ao cilindro, cujo grau vem acompanhado do eixo corrigido. Precisam de lentes corretoras que tenham um meridiano positivo e outro negativo.

Presbiopia: Há pelo menos três tipos diferentes de lentes para a correção da presbiopia:


a- Lentes Monofocais:
São lentes simples, com foco único, geralmente montadas em armações pequenas e que só devem ser utilizadas na visão de perto, pois desfocam as imagens quando no olhar a distancia.


b- Lentes Bifocais:
São facilmente identificadas pela presença de uma divisão entre a parte superior da lente - para visão a distancia, e a parte inferior da lente- para visão de perto. Têm como principal inconveniente à mudança brusca no grau de longe para perto.


c- Lentes Multifocais:
Representam a evolução das lentes para correção da presbiopia. Procuram imitar o funcionamento do cristalino, proporcionando focos distintos para distancias diferentes. Isto se consegue através de um aumento progressivo do grau, de cima para baixo, permitindo ao usuário o seu uso na visão de longe e perto. Externamente não diferem das lentes comuns, ou seja, não apresentam traço divisório.

Estrabismo: A correção do estrabismo pode ser cirúrgica ou com uso de lentes corretivas. Estrabismos que corrigem com óculos são chamados de acomodativos e está relacionada em geral a necessidade de correção do grau de hipermetropia. Somente os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados por exercícios chamados ortópticos. Pelas implicações de perda de visão, bem como pela possibilidade de ser manifestação de outras doenças, os pacientes com estrabismo devem ser examinados pelo especialista tão logo haja suspeita de desvio ocular.
lente positiva.
lente negativa.


Tecnologia na correção dos defeitos da visão:

    O recurso tecnológico mais utilizado para corrigir defeitos na visão são as cirurgias a lasers e cada defeito da visão possui um laser especifico:

Cirurgia a laser-miopia
   As cirurgias refrativas atua na modificação da curvatura da córnea, determinando a formação correta da imagem na retina. A técnica mais moderna usada atualmente é feito com Excimer Laser.
Tipos de laser: PRK, Lasik.

Cirurgia a laser-hipermetropia
    Uma alternativa de correcção do problema, restrita, geralmente, a maiores de 21 anos, é a cirurgia refrativa realizada com Excimer Laser ou Lasik.

    Como já foi dito a diferentes técnicas de cirurgia a laser, incluindo: LASIK, PRK, LASEK e Epi-LASIK.
E a tecnologia trouxe mais novidades aos portadores de defeitos na visão: O recente software “Tissue Saving” permite economizar até 30% do tecido a ser removido com o laser, sendo de grande utilidade para os pacientes que possuem a córnea mais fina. Além da segurança adicional, uma espessura corneana maior permitirá um eventual retratamento anos após a cirurgia inicial. Dentre as maiores inovações tecnólogicas atuais, destacam-se o equipamento de Excimer Laser Zyoptix – Z100 (produzido pela companhia alemã Bausch&Lomb), o qual já encontra-se disponível para sua cirurgia no Centro Avançado de Laser.
Além disso, novíssimos softwares como o “Tissue Saving” (Preservação Programada da Córnea) e a Cirurgia Personalizada representam o que há de mais moderno na correção dos erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo).

Cirurgia a laser.


Conclusão:

    Após o término do trabalho, concluimos que os processos físicos estão presentes ao nosso redor e também nas próprias funções vitais que exercemos, como a nossa visão.
    Através deste, aprendemos melhor como se dá o processo da visão, entendemos como enxergamos, o processo de formação e registro de imagem, comos e dá a percepção das cores, os defeitos da visão, entre outros.
    Logo esse trabalho foi de grande importância para nossa formação escolar, pois abordou questões curiosas e ainda enriqueceu nossa mente com ensinos físicos.

 
Bibliografia:

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?191

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4756&ReturnCatID=1776

http://www.cambridgeincolour.com/pt/tutoriais/percepcao-cor.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humano

http://www.cbo.com.br/pacientes/duvidas/duvidas_olho_humano.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor_dos_olhos

http://www.oticaleonel.com.br/index.php?ir=o_olho_humano

http://www.brasilescola.com/fisica/defeitos-na-visao-humana.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Presbiopia

http://www.miopia.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipermetropia

http://www.ericgozlan.com.br/web/artigos/os_defeitos_visuais.pdf

http://www.cirurgialaser.com/index.php?link=cirurgia_laser.htm